segunda-feira, 30 de julho de 2007

Cabaret ao vivo nesse sábado

A melhor banda de rock do momento, Cabaret, toca, junto com Lasciva Lula, na festa (evento, encontro, sei lá) SEX_ARTE no hotel Paris no Centro.
A festa conta ainda com o DJ Tulio, Mercado da Luz Vermelha (não sei o que é, mas devem ser mulheres nuas dançando em vitrines), Clipes Pornô Trash e Striptease.

Cabaret e Lasciva Lula - SEX_ARTE
Sábado 4 de Agosto
Hotel Paris
Av. Passos 7, 2o. Andar - Centro
R$15 até meia noite, depois R$20 ou R$18 com flyer

Saldo dos jogos

Perdemos para Estados Unidos (time B) e Cuba. Vencemos de Canadá (time B).
Patético.
Como sempre os atletas brasileiros, vencendo ou não, são verdadeiros heróis, abnegados e patriotas.
Patriotas sim, pois para cantar o hino do país que não investe nada no esporte, leia-se no atleta, que simplesmente não consegue viver do esporte, é preciso gostar muito dessa terra. Enquanto Cuba, uma ilha miserável, com uma população que não chega a 10% da nossa, vem aqui e dá banho no Brasil.
Alguns podem lembrar que esse foi o melhor resultado do Brasil na história dos Jogos Panamericanos. Pode ser. Ainda assim é irrisório.
Pequim vai ser uma grande festa... para os outros. Nós vamos nos ferrar, para variar.

sábado, 28 de julho de 2007

Toni Platão de novo

Finalmente levei o Bruno para assisitir o show do Toni Platão quinta-feira no Estrela da Lapa.
É sempre bom ouvir esse show. Digo "sempre" porque deve ser a oitava vez que assisto. Vi esse show nascer, crescer e amadurecer. O Toni já era um dos meus cantores preferidos desde a década de 80 com sua extinta banda Hojerizah. Foi uma grande apresentação do cantor e da banda (para variar), mas a temporada no Estrela acabou. Toni Platão e banda vão voltar em breve para a Letras & Expressões onde devem ficar até o fim do ano, segundo o próprio Toni. O cara bateu um papo com a gente no final do show, como sempre simpático e carismático. O show do Negro Amor é uma experiência mais completa do que o disco, que também é excelente.

É isso aí. Bruno volta para Manaus, Toni volta para a Letras e eu volto para faculdade na semana que vem. Também rola um ensaio noturno da Abutres rock´n roll band na terça, onde sigo tentando não desafinar em Paranoid do Black Sabbath. The show must go on.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Urro

Achei esse poema escrito junto com antigas anotações de partidas de roleplaying game. Não tenho certeza se fui eu que escrevi. De qualquer forma aí vai (talvez o verdadeiro autor apareça para reclamar):

Gritar do salão do inferno
Para retirar teu véu
E banhada pela noite ouves do céu
Tão desgraçado e vil
Mais estranho e servil
Do que a escravidão
Ecoa o meu urro de dor
Dói na alma meu amor
Por ti

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Eu velejei, o Pan adiou

Ontem saí para velejar com meu único amigo que ainda tem um veleiro. Já que o falecido Speedy Gonzales jaz no fundo da Baía de Guanabara. Saímos com o Koala por volta de 12:45 e fomos até Camboínhas. Dia agradável de sol e ventos moderados, em torno de 9 nós.
Perguntar não ofende: não tinha vento para a regata do Pan? Para a gente teve vento suficiente para velejar a tarde toda num Rio 20, um barco nem de longe tão eficiente como as classes panamericanas de vela.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Punk-rock para acampamentos

Wander Wildner e Sergio Serra subiram no palquinho do Cinemathèque empunhando violões e sentimentos na apresentação de terça-feira do seu show acústico Sub Versões.
Versões em português para clássicos do punk e do pós-punk como Eu Acredito em Milagres (Ramones), Lonely Boy (Sex Pistols), Passageiro (Iggy Pop). Esta última uma versão em português menos fiel à original e mais poética do que a do Capital Inicial. O convidado da noite, Flu, relembrou sucessos da banda gaúcha De Falla, "Não Me Mande Flores" e "Fucking Boring to Death" (não sei se são esses os nomes dessas canções, mas é assim que me lembro delas). Sergio se encarregava dos solos de violão e Wander da base e da voz, com algumas participações de Sergio, que também cantou uma ou outra, além de arrebentar duas cordas do violão, uma em cada música. Um show informal com várias referências ao passado de Wander. Como ele mesmo disse, uma releitura para se tocar em acampamentos. Não faltaram alguns clássicos como "Bebendo Vinho" e versões acústicas para sucessos dos Replicantes como"Surfista Calhorda" e "Sandina", além de "Candy" do Iggy Pop.
Na saída eu o Bruno paramos para falar com o Wander que tomava sua indefectível taça de vinho. Bruno lembrou de um show em Fernando de Noronha, o que deixou o Wander feliz. Tentamos tirar uma foto para o blog com meu celular, mas não deu certo. Vai ficar para a semana que vem, quando levarei minha câmera.
Jamari França estava lá, talvez pinte algum post sobre o show no blog dele.
No final foi um show agradável, com a duração certa. Mostrou que, além do excelente óbvio, existe muita coisa boa negligenciada dos anos 80.
Até punk labo B pode ser melódico. Todo mundo vai embora, todo mundo tem sua hora, mas a de Wander ainda não chegou. Com violão ou até em volta da fogueira, o movimento punk nunca há de morrer!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Dado, você pode cantar.

"Você pode cantar, Dado." Esse foi o conselho da cantora Cecília Spyer para o guitarrista vencer sua timidez e soltar a voz na nova fase da sua carreira. Dado Villa-Lobos, guitarrista da insuperável Legião Urbana, lotou o Bar do Zira no terceiro andar da Livraria Letras & Expressões de Ipanema, que ficou bem pequeno para o público presente e para a grandeza do show.
Confesso que demorei um pouco para notar esse trabalho do Dado, pois não levo muita fé nas coisas produzidas pela MTV. A emissora tem um perfil muito adolescente e erra mais do que acerta nas produções. Quando fui ver, o cara já estava fazendo show por aí. Peguei uma participação dele no show dos Paralamas no Circo Voador no final de 2005, quando o disco do Dado já estava pronto, mas não tinha deslanchado. Baixei o disco no site dele e gostei. Nesse show de ontem, começou com uma voz tímida cantando suas canções e foi se soltando aos poucos, para terminar como se estivesse tocando na sua própria garagem (no bom sentido). Dado sempre foi um guitarrista criativo. Econômico porém eloquente em suas composições com a guitarra. Empunha sua telecaster com segurança, mas agora divide os riffs com os vocais, o que dá espaço para o outro guitarrista da banda, que tocou violão e gaita ao mesmo tempo a la Bob Dylan.
Eu estava ali no gargarejo, com os pés no palco, praticamente atrapalhando a banda. Muitas participações realmente especiais. Começando pela cantora Cecília Spyer, que entrou num momento ainda morno do show. Foi bem tecnicamente mas não empolgou. Rodrigo Santos, cantando "Geração Coca-Cola" versão lenta, esquentou e o show embalou com Dado bem humorado e à vontade. Veio Toni Platão trazendo uma bandeirinha do Fluminense, segundo o Dado para comemorar a Copa do Brasil. O Toni dispensa comentários. Cantou "Tudo Que Vai" e uma da Legião (acho que foi "Há Tempos").
Fausto Fawcett cantou "Beleza Americana", a música é mais uma parceria dele com o Dado. É aquela que tem a parte "Disney" da letra que fala dos sobrinhos do Patológico: euzinho, egozinho e myselfzinho. Depois Toni Platão juntou-se novamente a eles no palco, formando o trio tricolor, para cantar "Calígula Free-Jack".
Paula Toller chegou mais tarde vindo direto de São Paulo. Como disse o Dado: relaxou e gozou... e conseguiu chegar, para cantar "Pane de Maravilha", uma canção do disco novo dela, também uma parceria com o Dado e o Fausto Fawcett.
No bis, resolveram cantar mais uma, mas ficaram na dúvida do quê cantar. Entre "Índios" e "Conexão Amazônica", quase convenço a banda a tocar "Conexão", mas Dado achou muito pesada para o horário pois poderia acordar a velhinha que mora no prédio ao lado. Alguém sugeriu chamar a velhinha para o show, mas acabou rolando "Índios" na versão original (elétrica). Interessante foi a cola da letra que o Dado usou, apenas com trechos dos versos da música.
Bom show. Dado dá um tratamento adequado ao legado da Legião. Poderia ter tocado as músicas numa outra ordem, mesclando mais as novas com as velhas para deixar o show com um pique mais homogêneo. Eu deveria ter assistido mais vezes, mas só vi esta última apresentação. Estava planejando ir quando fui convidado por amigos. Definitivamente não foi tempo perdido. Na próxima temporada do Dado Villa-Lobos estarei lá.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Irmãos Na Magia - um conto de fantasia (parte 2)

(veja aqui a parte 1)

Era isso que iriam fazer naquela noite. Um pacto com uma criatura sombria que vivia em planos inferiores, nas profundezas da existência. Manarus não sabia o que o demônio pediria a eles, apenas mantinha a esperança que fosse algo simples como a vida de um animal. Levavam um porco pequeno para o local do ritual.
Parou com suas divagações, recolheu sua sacola previamente preparada para aquele dia e juntou-se a seu irmão, na porta da cabana.

- Vamos. Temos que nos apressar. O caminho estará pesado por causa da chuva.

Os dois partiram a pé pela trilha que levava até uma pequena clareira. Randal carregava o porco embaixo do braço. O animalzinho estava dopado com uma fusão de ervas calmantes que o próprio Randal havia preparado. Outro ensinamento de seu pai, o druida. O animal parecia dormir enquanto os irmãos seguiam pelo caminho.

Logo chegaram na clareira, que era delimitada por oito pedras altas, como pilares retangulares, dispostas em um círculo amplo. Essas pedras, colocadas neste local há muitas eras, seriam suas únicas testemunhas. Dentro da proteção mística do círculo formado pelas pedras, Manarus sentiu-se mais confiante. Olhou para cima e pôde avistar o céu através de uma abertura nas nuvens. A chuva cessou. Randal e Manarus começaram a preparar o ritual.

Primeiro Manarus limpou uma área grande com cerca de três passos largos de diâmetro, usando uma pequena enxada que tirou da sua sacola. Em seguida Randal marcou um círculo grande no chão com pó de prata e areia branca.

– Ficaremos dentro do círculo para que o demônio não possa nos tocar.

As palavras de Randal causaram medo em Manarus. Instintivamente ele tocou a peça de ferro em seu bolso esquerdo.

Há quatro meses ele havia ido até a vila, como seu pai ordenara, para comprar trigo e vender algumas ervas. O velho Bernic era de pouca conversa e não gostava de trocar palavras com os aldeões. Chegara a passar dois anos sem pisar na vila e preferia mandar um de seus filhos sempre que precisava de alguma coisa de lá. Desta vez Manarus havia se atrasado na volta, pois parara para olhar uma bela e jovem aldeã que cavalgava um corcel jovem, recém domado. Manarus ficou ali por algum tempo, apoiado na cerca de madeira que delimitava a propriedade. Era um pequeno haras que pertencia a uma família local. Dentro do cercado, a jovem montava o cavalo com desenvoltura, testando o animal para saber se ele aprendera a obedecer seus comandos com rapidez e precisão. Quando percebeu que escurecia, Manarus assustou-se e partiu apressado pela estrada que levava até um ponto próximo de sua casa, de onde seguiria por uma trilha discreta.

Anoiteceu rápido e Manarus ainda estava longe de casa. Depois de caminhar cerca de uma hora sobre a fraca luz da lua minguante, ele percebeu um barulho na estrada. Um cavalo se aproximava dele, com um trote lento e irregular. Uma pessoa vinha no lombo do animal, caída para frente como que desmaiada. Permaneceu parado enquanto o cavalo se aproximava dele lentamente. Tartava-se de um sacerdote, Manarus logo percebeu. Suas vestes escuras foram logo identificadas pelo rapaz. Já havia visto outros destes clérigos antes. O Templo de Iovel era o novo culto que se alastrava rapidamente pelos reinos da costa de Löria. Manaruas ficou intrigado. Esperou o cavalo se aproximar mais até que o animal parou diante dele. Viu que o homem estava realmente desacordado. Tentou reanimá-lo sem sucesso e depois o ergueu para deixá-lo sentado na sela. Foi quando percebeu que havia uma enorme mancha de sangue nas vestes do homem. Com cuidado, retirou o homem de cima do cavalo e o deitou no chão.
Não sabia bem o que fazer, então rasgou a roupa do sacerdote para olhar o ferimento. Manarus fez um careta de asco quando viu que havia efeito de veneno no ferimento causado por uma lâmina curta, um punhal talvez. Pensou em carregar o homem até sua casa para pedir ajuda ao pai, mas logo percebeu que não agüentaria. O sacerdote era alto e forte, devia pesar demais para o raquítico rapaz carregá-lo. Ficou por um momento conjecturando sobre o que fazer, ajoelhado ao lado daquele corpo inerte.
Sem aviso o sacerdote despertou. Agarrou a mão de Manarus e falou com um tom de urgência.

- Esta cruz protejerá o povo de Iovel do mal. Pertenceu ao próprio Kraanan. Não deixe que eles a peguem, não deixe que destruam...

Manarus ficou fitando o rosto do homem, sem dar muita importância para o que ele dizia, até que o sacerdote deitou a cabeça novamente no chão, fechando os olhos. Estava morto.

Manarus compreendia que haviam assassinado o clérigo. E que o clérigo rumava para a aldeia. Além disso, sabia que essa seita de Iovel acusava as antigas tradições druidicas de serem blasfemas e heréticas, pois somente seu deus Iovel era um deus “verdadeiro”. Um culto expansionista e intolerante, era o que Manarus havia aprendido sobre eles. Agora tinha um cadáver no meio da estrada e sangue em suas mãos. Além da pequena cruz de ferro fundido, totalmente polido, que parecia algo importante na visão do morto.

Ficou ali aturdido por um longo tempo. Depois levantou-se e verificou o cavalo. O animal não tinha marcas, não poderia ser identificado como propriedade do Templo de Iovel ou de qualquer pessoa. Uma idéia surgiu furtiva na sua cabeça. Poderia enterrar o corpo e voltar para casa com o cavalo. Ninguém o ligaria à morte do sacerdote e talvez nem encontrassem mais o corpo. Haviam assassinado o homem. Sim, mas seu medo era que o acusassem do crime. O filho de um druida, poderia matar um sacerdote do Templo de Iovel por alguns motivos óbvios. Intolerância era um deles. O Templo não precisaria de muitos motivos para acusá-lo e levá-lo à forca, ele, seu irmão e seu pai. Toda sua família poderia ser condenada se fossem ligados àquele crime.

- Vou sepultá-lo na floresta. O cavalo não tem marcas, não poderá ser reclamado depois. É melhor que esse clérigo simplesmente desapareça do que ser encontrado morto por envenenamento – ponderou Manarus num sussuro.

Carregou o corpo para dentro da floresta cerca de dez minutos. Ocultou o corpo da melhor maneira que conseguiu, soterrando-o com folhas e terra úmida. Depois voltaria para enterrá-lo definitivamente. Quando tocou a cruz, depois de esconder o cadáver, o tempo pareceu congelar repentinamente. Tudo ao seu redor perdeu a nitidez. Ficou tonto. O jovem lutou por um momento para recuperar a lucidez, mas sua vista escureceu e ele caiu no chão. Acordou algum tempo depois com respingos de chuva batendo em seu rosto, sem saber quanto tempo havia ficado desacordado. A chuva era uma aliada naquele momento, apagaria os rastros. A tal cruz ainda estava na sua mão e Manarus colocou-a rapidamente no bolso, com medo que causasse algum outro efeito nele. Alguns dias depois Manarus tentaria entender que radiações arcanas emanavam daquele objeto.

Montou no cavalo e galopou até sua casa pensando numa maneira de explicar como conseguira aquele belo animal.

Dado Villa-Lobos na Letras & Expressões

Um dos guitarristas mais importantes da história do rock brasileiro, exatamente por ter sido o guitarrista da banda mais importante de todos os tempos no Brasil, Dado Villa-Lobos se apresenta novamente na Livraria Letras & Expressões de Ipanema nessa quinta-feira, dia 05/07.
Dado apresenta seu novo trabalho "Jardim de Cactus" com participação dos seus amigos e parceiros Toni Platão e Fausto Fawcett. Ainda toca umas da Legião e outras dos artistas que o influenciaram como Lou Reed, Jesus and Mary Chain, etc.
O local fica no terceiro andar da livraria, num piano-bar pequeno e aconchegante.
O ingresso custa R$15. Essa apresentação encerra a temporada na casa.

Dado Villa-Lobos - Jardim de Cactus
Livraria Letras e Expressões de Ipanema às 21:30
Rua Visconde de Pirajá, 276

terça-feira, 3 de julho de 2007

Wander Wildner hoje no Cinemathèque

O punk-rocker-brega Wander Wildner começa hoje uma temporada de shows acústicos no Cinemathèque sempre às terça-feiras. Acompanhado do guitarrista Sergio Serra (ex-Ultraje a Rigor). O repertório passeia pelos clássicos do rock e do punk-rock em versões acústicas.

Recomendo, pois além de executar suas boas canções, Wildner é sempre divertido ao vivo.
Vão contar hoje com a participação especial do baixista Arnaldo Brandão (ex-Hanoi Hanoi).

Para os pés-de-cana, rola também uma degustação de cachaças no local.

Wander Wildner e Sergio Serra - Sub Versões
Cinemathèque Jam Club, nesta terça às 22h.
Rua Voluntários da Pátria nº53.

DVD do Celso Blues Boy

Caiu na minha mão, com a ajuda de um companheiro da comunidade do Celso Blues Boy no Orkut, um especial da TV Manchete de 1990 com o Celso, Blues Etílicos, André Christóvam e Tônia Schubert.
O Celso é a estrela principal do programa com mais músicas e baseia seu repertório no seu álbum de 1989 "Quando a Noite Cai", um dos seus trabalhos menos marcantes, diga-se de passagem. O DVD vale pela aparição da banda Blues Etílicos, em começo de carreira, com seu segundo álbum "Água Mineral" também de 1989. É um grande momento do blues do Brasil, mas o visual do Celso Blues Boy, com seus impagáveis "mullets", é de deixar qualquer dupla sertaneja morrendo de inveja.
André Christóvam toca músicas do seu primeiro álbum, o único com composições em portugês. A cantora Tônia canta um blues que eu não me lembro (também não me lembro dela).
O especial da TV Manchete levava o nome de "Projeto Blues" com supervisão artística de Jayme Monjardim. Apesar da fonte ser VHS a imagem está razoável e o som está muito bom.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Mutantes acham sua casa

Foi uma celebração digna dos anos 60. Antes do show rolava um rock´n roll clássico anos 70 e 60 para dar o clima, e deu. Estou falando do show dos Mutantes no Circo Voador na sexta-feira.
A apresentação da banda foi primorosa, em sintonia total com o público.
O repertório foi o mesmo da apresentação no Vivo Rio em Fevereiro deste ano, mas a banda apresenta uma clara evolução. Principalmente Arnaldo Baptista. Parece que a volta aos palcos está aos poucos trazendo o grande tecladista de volta à velha forma. Suas participações foram bem mais audíveis desta vez. Zélia continua bem. Apesar de ter feito o show com a saúde debilitada, a vocalista segurou bem e até arriscou cantar num tom mais alto. Arnaldo cantou "Dia 36", canção lado B dos Mutantes que Toni Platão gravou em seu recente albúm "Negro Amor". Sergio Dias esbanja simpatia e lidera a banda cantando e tocando uma guitarra poderosa. Dinho mostra que ainda é um grande baterista. Os outros músicos da banda mantêm o nível, com destaques para a percussionista Simone Soul e os backing vocals de Fábio e Esméria. Só uma coisinha está faltando no show dos Mutantes: "Posso perder minha mulher, minha mãe, desde que eu tenha o meu rock´n roll". Enfim a primeira e maior banda de rock do Brasil encontrou sua casa. Espero que toquem mais vezes no Circo. Os cariocas agradecem.