quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Jimmy Page no Rio


Como se não bastasse o AC/DC amanhã em São Paulo, no sábado (depois de amanhã) esse senhor da foto vai tocar em dois eventos especiais aqui no Rio.


O primeiro é à tarde em The British School junto com George Israel do Kid Abelha e Pepeu Gomes, acompanhados da banda da escola.

Logo mais, à noite, Page vai se apresentar no Rio Rock e Blues Club da Lapa.

As apresentações fazem parte da campanha beneficente em prol da Casa Jimmy em Santa Tereza.
Saiba mais aqui.

Esse evento não foi bem isso que eu anunciei. Page não tocou. Mais detalhes nos próximos posts.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Qual é a música (saideira)

Uma última antes do show. Mais difícil de todas.

"Olho pro meu relógio pra descobrir
a hora certa do dia
Olho pra libido dela
Tenho que me levantar e subir nela
para rolá-la no feno
Fazendo suar, a temperatura
sobe durante o dia todo..."

Dica: escolhi essa em homenagem ao calor que fez nesse fim de semana.

Vejo vocês no Morumbi.

Campeonato Brasileiro - Série A - profecias finais

Faltam apenas dois jogos para acabar mais um campeonato brasileiro de futebol por pontos corridos.
Talves essa edição seja a primeira da qual torcedores de vários times conseguirão recordar de algum jogo.
Desafio alguém a lembrar do jogo que decidiu qualquer dos campeonatos por pontos corridos até hoje.
O tal "campeonato emocionante" tem apenas emoções passageiras, nada a recordar depois de dois anos. Nenhuma partida histórica, nenhuma final memorável.

O título desse ano está entre São Paulo (trocentas vezes campeão) e o Flamengo (5 vezes campeão - com boa vontade desse escriba).
Se o São Paulo vencer, será mais um título brasileiro para esse time do Morumbi. Apenas estatística sem nenhuma emoção, como grande parte dos outros que o São Paulo já coleciona - alguém lembra de algum?

Seguem as profecias finais (sujeitas a erros astronômicos ou acertos celestiais):

Campeão: Flamengo
Vice-campeão: São Paulo
Outras vagas para a Copa Libertadores: Internacional e Cruzeiro

Rebaixados: Coritiba, Santo André, Náutico* e Sport*.

Fluminense ainda consegue uma vaga para a Copa Sulamericana.

O fiel da balança será mesmo o Goiás. O Flamengo vencerá o São Paulo na corrida dos pontos sem que haja uma final entre os dois times.

Profetizo que o campeonato será chato como sempre.

* já rebaixados matematicamente

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Twisted Sister

Os "garotos maus" do rock vão se apresentar amanhã no Via Funchal em São Paulo.



Infelizmente não poderei ir.
Para os que vão espero que curtam um grande show.

Rock on.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CR Vasco da Gama


A equipe de futebol do Club de Regatas Vasco da Gama retornou à primeira divisão do Campeonato Brasileiro com uma vitória sobre a equipe do Juventude do Rio Grande do Sul no Maracanã, no sábado passado.
Pronto. Esse é o fato. Cru, sem firulas, seco.
Mas para o torcedor do Vasco da Gama qualquer notícia sobre o clube nunca será desprovida de emoção, paixão, arrebatamento.

A equipe de futebol conquistou matematicamente a classificação para figurar novamente entre os 20 melhores times do futebol brasileiro. Melhores porém não maiores.
Somente um punhado escasso de times pode ser comparado à grandeza do Vasco.

Restam ainda alguns jogos para conquistarmos o título da Série B. Pois continuaremos jogando futebol para isso.
Se vencermos - e acho que vamos - colocaremos o troféu em nossa Sala de Troféus, em lugar de destaque, ao lado da Taça Constantino: segunda divisão do Campeonato Carioca de 1922, primeiro troféu da nossa gloriosa história.

Uma história cheia de conquistas, beleza e paixão.
O Vasco é o único clube grande do Rio que nasceu no subúrbio carioca. Foi o único dos grandes que não precisou abolir preconceitos raciais, pois nunca os teve, nunca couberam no ideal da nossa sociedade esportiva.
Somos o único time grande que começou na segunda divisão do carioca e conquistou seu lugar como uma potência do futebol. Uma associação formada por atletas remadores, alegres e leais sempre. A turma da fuzarca.
Não há manchas na nossa história.
Ficar nas últimas posições do Campeonato Brasileiro de 2008 nos levou para a segunda divisão pela primeira e única vez. Fruto de um trabalho nocivo e desonesto da administração anterior do clube. Uma nefasta sabotagem de um grupo que percebeu que não poderia mais se perpetuar no poder, execrado por todos os verdadeiros vascaínos.

Quem quer ser grande - e somos - não pode ter vergonha do passado. Não nascemos elite. Nascemos dos pobres, negros, operários.
Esse é o espírito vascaíno.
Nunca tivemos vergonha do que somos: apaixonados pelo futebol, somos vascaínos ontem, hoje e sempre. Trazemos um lindo símbolo vermelho no peito, da cor do nosso sangue, da cor da nossa paixão, e cantamos a plenos pulmões com amor, a cada gol, a cada virada no placar. Até mesmo a cada derrota continuamos lá, amando nosso clube, incentivando nossos atletas.

Aos nossos tradicionais adversários digo apenas que nos aguardem. Logo nos enfrentaremos no gramado novamente em 2010.
À nossa imensa torcida bem feliz não preciso dizer nada. Nos encontraremos como sempre nos estádios do Brasil afora.

CASACA! CASACA!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Faith No More


Faith No more é uma banda curiosa. A primeira vez que ouvi uma música deles foi no começo dos anos 90. Achei estranho, mas não ruim. Havia uma mistura diferente de rock pesado com funk e outras coisas não identificáveis, mas que, apesar dos elementos, não parecia nada com os clássicos Cream ou Deep Purple.
O Faith No More só chamou a atenção por conta do vocalista Mike Patton quen entrou na banda em 1989, quando lançaram o álbum The Real Thing.
Excelente álbum que eu tive até em vinil – na época eu jurava que era o álbum de estréia da banda, mas depois descobri que eles já tinham mais dois álbuns anteriores. Um deles com o hit We Care A Lot.

Os vi ao vivo pela primeira vez no Rock In Rio 2, em 1991 no Maracanã, na mesma noite do Guns’N Roses. Aliás o Faith No More e o Guns’N Roses foram as duas bandas mais emblemáticas do rock dos anos 90 - apesar de terem surgido nos anos 80 ainda - fora do ‘movimento’ grunge. Bandas de qualidade impulsionadas por uma MTV jovem e verdadeira.
A última vez que os assiti foi na abertura do primeiro show do Ozzy no Metropolitan (se não me falha a memória foi em 1995). A banda não foi bem recebida pelo público de heavy metal – Patton havia abdicado do visual college-top-long-hair e estava com um visual marombado, sem camisa, de cabelo raspado, muito esquisito para uma banda de rock em noite de heavy metal.

Apesar de Patton ser o terceiro vocalista da banda, hoje o Faith No More é Mike Patton e sua banda. A presença e liderança do vocalista é praticamente a única coisa que os coloca meio metro acima do bem e do mal.

Mike Patton - presença.


Fui assistí-los novamente ontem no CitiBank Hall – o mesmo lugar da última vez que os vi. Decidi de última hora pois o Faith No More não me diz mais muita coisa, mas havia a esperança de que tocassem muitas músicas de The Real Thing, então achei que valia a pena.
Eles realmente tocaram muitos hits desse álbum, mas não foi por isso que valeu a pena.
A satisfação da banda por tocar no Rio e a satisfação do público lotando a casa foi algo que não apenas surpreendeu, mas renovou as esperanças no roquenrol.

Billy Gould - baixo marcante.

Só para destacar alguns momentos, Patton cantou um pedacinho de ‘Ela É Carioca’ e a banda mandou ‘Falling To Pieces’ no bis – uma canção que foi pedida em coro pela platéia no final do show; nem estava no set list e, talvez por isso, a banda deu uma atravessada no final da música.

Jon Hudson - peso e melodia.

Sobre a banda, foi legal rever a formação quase clássica. Senti falta da cabeleira e da velocidade do guitarrista Jim Martin - substituído por Jon Hudson depois de algumas outras tentativas da banda para encontrar um guitarrista - e foi emblemático ver o baterista Mike Bordin com os mesmos cabelos longos cheios de dreads... grisalho! O cara é uma máquina.

Sobre o Citibank Hall apenas a reclamar da enorme fila para comprar o ingresso. As bilheterias são muitos lentas. Por isso o começo do show foi atrasado em mais de uma hora.
O shopping Via Parque continua péssimo para atender ao público do rock. Vários estabelecimentos da praça de alimentação ficaram sem chopp e foi difícil conseguir um copinho (Lei Seca my ass). Tive que rebater um comentário de que nesses dias eles vendem muito mais chopp do que o normal – errado. Eles vendem a mesma coisa, já que não tem capacidade para vender mais.

Para uma banda que tocava War Pigs (também pedida pelo público, mas não atendido ontem) só para fazer graça, numa época em que o Black Sabbath era uma piada de mau gosto, o Faith No More envelheceu bem e continua sendo um grande show.

O rock sobrevive, mesmo debaixo das camadas de esquisitice do Faith No More a coisa está lá. I know the feeling, it is the real thing.

(fotos roubadas do UOL)