segunda-feira, 26 de abril de 2010

Big Gilson na Lapa


Seguindo a tradição da casa de trazer grandes nomes do blues, o bluesman Big Gilson se apresentou no Rio Rock & Blues Club da Lapa nesse sábado, 24 de abril.
O guitarrista, compositor e cantor trouxe seu show atual que faz parte da turnê do seu álbum de 2009 – Sentenced To Living.
A banda tem o clássico formato power trio, com Big Gilson na guitarra e voz, Gil Eduardo na bateria e Flávia Couri no baixo e vocais.
Antes de falar do show em si, preciso falar da banda. Uma superbanda.
Gil Eduardo continua sendo um dos melhores bateristas de blues do Brasil. O ex-integrante do Blues Etílicos é o coração da Blues Dynamite, cozinha que acompanha o Big Gilson há alguns anos.
No lugar do baixista Pedro Leão, tocou nesse show a baixista do Autoramas, Flávia Couri. Fiquei surpreso com duas coisas: primeiro ela é muito mais bonita pessoalmente do que nos (ótimos) vídeos do álbum Desplugado da banda Autoramas (MTV Apresenta Autoramas Desplugado); segundo... ela toca muito. Mostrou muita técnica e feeling nas frases de baixo e manteve o volume e a pegada durante todo o show. A Flávia é uma baixista da geração 90, entrou na banda Autoramas no lugar de Selma Vieira depois de passar por outras tantas. Atualmente tem também uma banda de rock chamada Doidivinas que está prestes a lançar um CD.


O show teve um clima de festa. Com o público muito próximo, curtindo e dançando. Reencontrei Mestre Arildo Bluesman, o maior divulgador do blues da cena carioca que andava sumido, mas esteve presente nesse fim de semana para prestigiar o Big Gilson e também o Maurício Sahady, que tocou na sexta-feira, dia de São Jorge.
Gilson mostrou seu blues moderno com pegada rock que reflete bastante o que está acontecendo nos Estados Unidos agora, em sintonia com músicos como Joe Bonamassa ou a banda The Black Keys que tocam um blues rotulado (por enquanto) como modern blues, misturando o Delta Blues, Chicago Blues e o British Blues dos anos 60 e 70.


Big Gilson e Flávia



Gil Eduardo

Mesmo passando mais tempo no exterior do que no Brasil, O ex-Big Allanbik não nega suas origens, passeando pelo blues tradicional e pelo blues-rock, somando várias influências, inclusive da música popular brasileira. Mostrou que se sente bem em tocar no Rio e que atingiu um alto nível técnico e uma identidade própria na guitarra, o que o coloca como um dos grandes guitarristas do Brasil.
Na platéia pude ainda notar a presença de Otávio Rocha (Blues Etílicos) e Gabriel Thomaz (Autoramas) - músicos bem conhecidos da cena rock-blues do Rio que assistiram ao show com muita atenção.
No final consegui comprar o CD Senteced To Living com direito a autógrafo do Big Gilson.



Set list (desta vez está preciso, tive de onde 'colar'):

1.Judgement Day
2.Dimples
3.It’s Hard To Say Goodbye *
4.Sentenced To Living *
5.Tobacco Road *
6.In The Morning
7.Tropical Feeling Blues
8.Messiah
9.Ride The Rocket
10.Baby Please Don’t Go *
11.Chrysalis
12.I Wonder Who
13.I Feel So Good
14.Take Me To The River
(bis)
15.Tell Mama
(segundo bis)
16.Little Wing


Papel com set list roubado do palco.


Antes e depois do show, como é costume no Rio Rock & Blues Club, o público foi animado pela banda da casa apresentando o show Rock Story. Tocaram clássicos do rock até as 3 da manhã e sairam do palco com a galera querendo mais.

Semana que vem quero assistir o não menos brilhante guitarrista Maurício Sahady (finalmente), antes que a temporada dele na casa termine.
Até sexta.

Nenhum comentário: