domingo, 23 de dezembro de 2007

Blues e reencontros

A noite desse sábado foi surpreendente. Aproveitando a rápida estadia do Bruno no Rio, procuramos um showzinho para assistir e nos encontrarmos.

Descobrimos o show do Álamo Leal no Espírito das Artes, em Botafogo, e marcamos lá com mais alguns amigos.
Cheguei primeiro no lugar e, conforme fui entrando, perdi a conta de quantos músicos de blues estavam presentes. De cara identifiquei a banda do Álamo: Otávio Rocha (Blues Etílicos) na guitarra slide, Ugo Perrota (ex-Big Allanbik) no baixo e Beto Werther (ex-Big Allanbik) na bateria. Peguei uma mesa grande.
Na mesa ao lado sentaram Flávio Guimarães (gaitista do Blues Etílicos), Maurício Sahady (guitarrista) e Arnaldo Brandão (baixista atualmente nA Bolha), junto com o empresária da Delira Musica.

Ah sim. Na minha frente estava o cantor Ricardo Werther (ex-Big Allanbik), talvez o melhor cantor de blues do Brasil.
Estávamos cercados pela nata do blues carioca. Tudo isso para um simples show chamado Blues de Natal do Álamo Leal que eu sinceramente não achei que fosse bombar desse jeito. Para minha sorte, errei feio.

Toda essa galera deu canja no show, que não poderia ser outra coisa senão excelente. Todos tocaram bem à vontade diversos clássicos do blues. Mesmo com Flávio Guimarães quase batendo com a cabeça no teto sobre o palco... O número que sacudiu o público foi Hoochie Coochie Man com Ricardo na voz. Álamo, além de ótimo guitarrista e cantor, tem a capacidade e a generosidade de juntar várias estrelas da música num só palco sem desandar o blues.

No final do show, reencontrei o mestre Arildo Bluesman, que muita gente que freqüenta a cena do blues carioca deve conhecer. Fui apresentado à cantora de blues e atriz, Rosane Corrêa, linda, simpática e minha vizinha (estou louco para ouvi-la cantar). De quebra fui convidado a viajar até Tiradentes/MG para assistir à 3ª Temporada de Blues em Tiradentes de 05/01 a 09/02 de 2008. Nos dias 11 e 12 de Jan/2008 a banda Yellow Cab Blues se apresenta com seus convidados.

A noite fechou com o reencontro de um velho amigo que não via há quase 14 anos. Eram tantos assuntos que Arildo apelidou o grupo de “pau-de-enchente “. A cada 3 passos parávamos para conversar mais.
Muitas boas histórias numa noite repleta de surpresas.

No próximo sábado o point do blues vai ser no Estação Afonso Pena, na Tijuca, com Big Gilson e convidados. Outro show imperdível.

Até lá e feliz Natal.

6 comentários:

Bruno disse...

Mais uma daquelas surpresas. A gente sai de casa para encontrar os amigos em um ambiente agradável e dá de cara com uma seleção de blueseiros, todos dando canja, destilando o melhor do blues.

Faltaram apenas Big Gilson (que havia sido convidado) e o mestre Celso.

Bruno disse...

Diante de som de tão alta qualidade, devemos fazer uma pergunta: se o blues nacional fosse cantado em português, seria popular?

Anônimo disse...

Também estive nessa apresentação sensacional. Coincidentemente estarei em Tiradentes entre 25 e 27 de janeiro. Vou procurar as apresentações por lá. Algo que seria bacana no seu blog, seria por datas e locais das apresentações eventos do movimento delira blues. Talvez não seja o propósito, mas é só um comentário, pois não encontrei nada que dispusesse de informações gerais na net. Sempre vem falando de um ou outro grupo. Ah!Os seus comentários ficaram muito bons.

Clayton Vasconcelos

Ogro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ogro disse...

Clayton,
Sempre que eu tomo conhecimento de shows interessantes eu procuro postar aqui no blog, mas como essa é a minha "caixa de areia", outras coisas acabam tomando o espaço também.
Obrigado pelo incentivo.

Ogro disse...

Bruno,
tive essa discussão com o produtor do segundo álbum do Big Allanbik no início da década de 90, quando sugeri que o Big Allanbik gravasse músicas em português. Naquela época a divulgaçaõ era feita pelas rádios FMs, hoje essas rádios já perderam a importância para a boa música...
Mas isso já dá assunto para outro post :)