quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Lombardi 1940 - 2009

Quando Sílvio Santos dizia "É você, Lombardi?" ouvíamos sempre a resposta entusiasmada "Oi, Sílvio!" emendando uma propaganda, seja do extinto tênis Montreal ou outra bugiganga qualquer.

Para quem nunca tinha visto a figura, olha o cara aí.

Nunca mais ouviremos a sua voz e o SBT (Sistema Bozo de Televisão) nunca mais será o mesmo.

AC/DC no Morumbi (parte 1)

Começo nesse post a 'odisséia' do show do AC/DC.

O dia começou agitado. Resolvi todas as minhas tarefas o mais rápido que pude e saí do trabalho às 15:30.
Fui caminhando até o aeroporto Santos Dumont, acompanhado do meu amigo Bruno.

Chegando lá tentamos antecipar o voo e partir logo para São paulo, mas todos os voos estavam cheios e a fila de espera era gigante. A Gol nem estava mais colocando nomes na fila de espera.

Fizemos contato com um outro viajante que se ofereceu para rachar um táxi de Congonhas para o Morumbi com ele e mais um outro cara. Oferta aceita.
Ficamos ali no aeroporto marcando tempo. O tênis novo que eu usava fez uma bolha no meu dedo e tive que pedir um pedaço de esparadrapo no posto médico do aeroporto que estranhamente não tem nenhuma farmácia. Colocado o esparadrapo, a bolha parou de incomodar tanto.

Nesse meio tempo, minha enviada especial foi até o escritório da British School em Botafogo para comprar o ingresso do evento do Jimmy Page que aconteceria na escola na Urca no dia seguinte, sábado.

Já tínhamos tomado uma negativa quanto à reserva do ingresso para evento similar no Rio Rock e Blues Club da Lapa no domingo. Como não tínhamos nada para fazer até a hora do voo, o Bruno resolveu ligar pro Rio Rock e Blues Club para uma última tentativa. Resposta padrão: não estavam fazendo reservas. Foi aí que pintou a frase "mas e se eu for aí comprar agora?"

Saímos do aeroporto e pegamos um táxi até a Lapa. Os ingressos foram comprados e voltamos ao aeroporto.

O fim de semana estava apenas começando e em poucas horas estaríamos assistindo o AC/DC ao vivo no Morumbi para, no dia seguinte ver o Jimmy Page num show com Pepeu Gomes e George Israel e, de quebra, garantimos presença também no show de domingo com o Jimmy Page.

Fim de semana ecumênico, na presença de deuses.

O voo da Gol partiu do Rio e chegou em Sampa no horário previsto. Eu, Bruno e nosso dois companheiro de última hora entramos numa fila pra pegar um táxi pro Morumbi.

Pegamos um taxista um tanto 'excêntrico' que mandou "Estão indo pro show? Então vamos no rock... cristão(!?!)". Fomos ouvindo bandas de rock evangélico barulhentas até o estádio. Cada uma mais alienígena do que a outra pra mim.

No caminho avistamos o Rato (amigo que veio do Rio também, mas iria assistir o show na arquibancada) parado num posto de gasolina bebendo cerveja. Acenamos e seguimos viagem.

Depois de um transito ruim, mas não impossível, saltamos bem perto do Estádio do Morumbi. O taxista roqueiro-cristão-são paulino nos cobrou a corrida de acordo com o taxímetro, o que custou R$10 pra cada um. Nada mal.

O papagaio de pirata na foto é um dos nossos companheiros de última hora, Gustavo.

Como tínhamos pegado um chuva na ida, por precaução compramos uma capa de chuva cada um, a R$5 pratas o que também não foi exorbitante.

Descendo a ladeira até o Morumbi entendi um pouco a pinimba da Fifa com o estádio. o Acesso é bem complicado. As vias principais acabam no estádio que deve ser contornado. Com 70 mil fãs do AC/DC que chegaram em horários diferentes já foi difícil. Fiquei imaginando como seria a saída com todo mundo ao mesmo tempo.

(continua)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Jimmy Page no Rio


Como se não bastasse o AC/DC amanhã em São Paulo, no sábado (depois de amanhã) esse senhor da foto vai tocar em dois eventos especiais aqui no Rio.


O primeiro é à tarde em The British School junto com George Israel do Kid Abelha e Pepeu Gomes, acompanhados da banda da escola.

Logo mais, à noite, Page vai se apresentar no Rio Rock e Blues Club da Lapa.

As apresentações fazem parte da campanha beneficente em prol da Casa Jimmy em Santa Tereza.
Saiba mais aqui.

Esse evento não foi bem isso que eu anunciei. Page não tocou. Mais detalhes nos próximos posts.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Qual é a música (saideira)

Uma última antes do show. Mais difícil de todas.

"Olho pro meu relógio pra descobrir
a hora certa do dia
Olho pra libido dela
Tenho que me levantar e subir nela
para rolá-la no feno
Fazendo suar, a temperatura
sobe durante o dia todo..."

Dica: escolhi essa em homenagem ao calor que fez nesse fim de semana.

Vejo vocês no Morumbi.

Campeonato Brasileiro - Série A - profecias finais

Faltam apenas dois jogos para acabar mais um campeonato brasileiro de futebol por pontos corridos.
Talves essa edição seja a primeira da qual torcedores de vários times conseguirão recordar de algum jogo.
Desafio alguém a lembrar do jogo que decidiu qualquer dos campeonatos por pontos corridos até hoje.
O tal "campeonato emocionante" tem apenas emoções passageiras, nada a recordar depois de dois anos. Nenhuma partida histórica, nenhuma final memorável.

O título desse ano está entre São Paulo (trocentas vezes campeão) e o Flamengo (5 vezes campeão - com boa vontade desse escriba).
Se o São Paulo vencer, será mais um título brasileiro para esse time do Morumbi. Apenas estatística sem nenhuma emoção, como grande parte dos outros que o São Paulo já coleciona - alguém lembra de algum?

Seguem as profecias finais (sujeitas a erros astronômicos ou acertos celestiais):

Campeão: Flamengo
Vice-campeão: São Paulo
Outras vagas para a Copa Libertadores: Internacional e Cruzeiro

Rebaixados: Coritiba, Santo André, Náutico* e Sport*.

Fluminense ainda consegue uma vaga para a Copa Sulamericana.

O fiel da balança será mesmo o Goiás. O Flamengo vencerá o São Paulo na corrida dos pontos sem que haja uma final entre os dois times.

Profetizo que o campeonato será chato como sempre.

* já rebaixados matematicamente

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Twisted Sister

Os "garotos maus" do rock vão se apresentar amanhã no Via Funchal em São Paulo.



Infelizmente não poderei ir.
Para os que vão espero que curtam um grande show.

Rock on.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CR Vasco da Gama


A equipe de futebol do Club de Regatas Vasco da Gama retornou à primeira divisão do Campeonato Brasileiro com uma vitória sobre a equipe do Juventude do Rio Grande do Sul no Maracanã, no sábado passado.
Pronto. Esse é o fato. Cru, sem firulas, seco.
Mas para o torcedor do Vasco da Gama qualquer notícia sobre o clube nunca será desprovida de emoção, paixão, arrebatamento.

A equipe de futebol conquistou matematicamente a classificação para figurar novamente entre os 20 melhores times do futebol brasileiro. Melhores porém não maiores.
Somente um punhado escasso de times pode ser comparado à grandeza do Vasco.

Restam ainda alguns jogos para conquistarmos o título da Série B. Pois continuaremos jogando futebol para isso.
Se vencermos - e acho que vamos - colocaremos o troféu em nossa Sala de Troféus, em lugar de destaque, ao lado da Taça Constantino: segunda divisão do Campeonato Carioca de 1922, primeiro troféu da nossa gloriosa história.

Uma história cheia de conquistas, beleza e paixão.
O Vasco é o único clube grande do Rio que nasceu no subúrbio carioca. Foi o único dos grandes que não precisou abolir preconceitos raciais, pois nunca os teve, nunca couberam no ideal da nossa sociedade esportiva.
Somos o único time grande que começou na segunda divisão do carioca e conquistou seu lugar como uma potência do futebol. Uma associação formada por atletas remadores, alegres e leais sempre. A turma da fuzarca.
Não há manchas na nossa história.
Ficar nas últimas posições do Campeonato Brasileiro de 2008 nos levou para a segunda divisão pela primeira e única vez. Fruto de um trabalho nocivo e desonesto da administração anterior do clube. Uma nefasta sabotagem de um grupo que percebeu que não poderia mais se perpetuar no poder, execrado por todos os verdadeiros vascaínos.

Quem quer ser grande - e somos - não pode ter vergonha do passado. Não nascemos elite. Nascemos dos pobres, negros, operários.
Esse é o espírito vascaíno.
Nunca tivemos vergonha do que somos: apaixonados pelo futebol, somos vascaínos ontem, hoje e sempre. Trazemos um lindo símbolo vermelho no peito, da cor do nosso sangue, da cor da nossa paixão, e cantamos a plenos pulmões com amor, a cada gol, a cada virada no placar. Até mesmo a cada derrota continuamos lá, amando nosso clube, incentivando nossos atletas.

Aos nossos tradicionais adversários digo apenas que nos aguardem. Logo nos enfrentaremos no gramado novamente em 2010.
À nossa imensa torcida bem feliz não preciso dizer nada. Nos encontraremos como sempre nos estádios do Brasil afora.

CASACA! CASACA!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Faith No More


Faith No more é uma banda curiosa. A primeira vez que ouvi uma música deles foi no começo dos anos 90. Achei estranho, mas não ruim. Havia uma mistura diferente de rock pesado com funk e outras coisas não identificáveis, mas que, apesar dos elementos, não parecia nada com os clássicos Cream ou Deep Purple.
O Faith No More só chamou a atenção por conta do vocalista Mike Patton quen entrou na banda em 1989, quando lançaram o álbum The Real Thing.
Excelente álbum que eu tive até em vinil – na época eu jurava que era o álbum de estréia da banda, mas depois descobri que eles já tinham mais dois álbuns anteriores. Um deles com o hit We Care A Lot.

Os vi ao vivo pela primeira vez no Rock In Rio 2, em 1991 no Maracanã, na mesma noite do Guns’N Roses. Aliás o Faith No More e o Guns’N Roses foram as duas bandas mais emblemáticas do rock dos anos 90 - apesar de terem surgido nos anos 80 ainda - fora do ‘movimento’ grunge. Bandas de qualidade impulsionadas por uma MTV jovem e verdadeira.
A última vez que os assiti foi na abertura do primeiro show do Ozzy no Metropolitan (se não me falha a memória foi em 1995). A banda não foi bem recebida pelo público de heavy metal – Patton havia abdicado do visual college-top-long-hair e estava com um visual marombado, sem camisa, de cabelo raspado, muito esquisito para uma banda de rock em noite de heavy metal.

Apesar de Patton ser o terceiro vocalista da banda, hoje o Faith No More é Mike Patton e sua banda. A presença e liderança do vocalista é praticamente a única coisa que os coloca meio metro acima do bem e do mal.

Mike Patton - presença.


Fui assistí-los novamente ontem no CitiBank Hall – o mesmo lugar da última vez que os vi. Decidi de última hora pois o Faith No More não me diz mais muita coisa, mas havia a esperança de que tocassem muitas músicas de The Real Thing, então achei que valia a pena.
Eles realmente tocaram muitos hits desse álbum, mas não foi por isso que valeu a pena.
A satisfação da banda por tocar no Rio e a satisfação do público lotando a casa foi algo que não apenas surpreendeu, mas renovou as esperanças no roquenrol.

Billy Gould - baixo marcante.

Só para destacar alguns momentos, Patton cantou um pedacinho de ‘Ela É Carioca’ e a banda mandou ‘Falling To Pieces’ no bis – uma canção que foi pedida em coro pela platéia no final do show; nem estava no set list e, talvez por isso, a banda deu uma atravessada no final da música.

Jon Hudson - peso e melodia.

Sobre a banda, foi legal rever a formação quase clássica. Senti falta da cabeleira e da velocidade do guitarrista Jim Martin - substituído por Jon Hudson depois de algumas outras tentativas da banda para encontrar um guitarrista - e foi emblemático ver o baterista Mike Bordin com os mesmos cabelos longos cheios de dreads... grisalho! O cara é uma máquina.

Sobre o Citibank Hall apenas a reclamar da enorme fila para comprar o ingresso. As bilheterias são muitos lentas. Por isso o começo do show foi atrasado em mais de uma hora.
O shopping Via Parque continua péssimo para atender ao público do rock. Vários estabelecimentos da praça de alimentação ficaram sem chopp e foi difícil conseguir um copinho (Lei Seca my ass). Tive que rebater um comentário de que nesses dias eles vendem muito mais chopp do que o normal – errado. Eles vendem a mesma coisa, já que não tem capacidade para vender mais.

Para uma banda que tocava War Pigs (também pedida pelo público, mas não atendido ontem) só para fazer graça, numa época em que o Black Sabbath era uma piada de mau gosto, o Faith No More envelheceu bem e continua sendo um grande show.

O rock sobrevive, mesmo debaixo das camadas de esquisitice do Faith No More a coisa está lá. I know the feeling, it is the real thing.

(fotos roubadas do UOL)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Qual é a música (4)

Uma um pouco mais difícil agora... (Bruno tá liberado pra responder)

"Sou um levante fora de controle
Sou um ladrão de mulher malvado
Sou um brutamontes
Um navio de guerra...

Tenho o cabelo esticado pra trás
Calças jeans apertadas
Um cadilac
E um sonho de adolescente..."

Dica: Tem gente que acha que é, mas não chega nem perto.

E o futebol do Rio?

Fico lendo as notícias sobre os investimentos que serão feitos na cidade do Rio de Janeiro para a Copa do Mundo do Brasil de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016 e uma questão vem à cabeça: o que vai acontecer com o futebol do Rio?

O Maracanã será fechado por no mínimo 2 anos. O Engenhão idem - talvez seja até o estádio da abertura.
Isso já para a Copa de 2014.

Em seguida, ou até antes disso, São Januário provavelmente receberá uma reforma para modernização do estádio, já que é forte candidato a sediar os jogos de rugby das Olimpíadas. Ao mesmo tempo, Marcanã e Engenhão receberão mais retoques para a olimpíada.

Meu caldeirão


Resumindo, o futebol do Rio ficará sem estádios para jogos de futebol por pelo menos 3 anos.
Será que não dá tempo da urubuzada construir finalmente um estádio?

Campanha presidencial 2010 (2)

O PT e Lula estão fazendo uma aposta arriscada. Ciro sai na frente dizendo ser candidato à presidência para tentar roubar intenções de voto de Serra e assim deixar Dilma em melhor situação nas pesquisas.
No entanto essas pesquisas são muito prematuras e o tiro pode sair pela culatra.
Se a campanha de Ciro Gomes o deixar na frente nas pesquisas, isso poderá inviabilizar a candidatura Dilma. Se achar que tem chances reais, Ciro não vai abrir mão de ser candidato.


Enquanto isso, Lula vai fazendo sua campanha com a Dilma a tiracolo, inaugurando obras e subindo em palanques com a Chefe da Casa Civil. O TSE está de olho, mas acho muito difícil alguém punir o presidente por fazer campanha fora de hora.
Serra tenta embarcar na mesma onda do Lula e começa a fazer viagens pelo país para preparar sua campanha. O tucano ainda vai ter que enfrentar a pressão interna de Aécio, mas deve sair candidato escolhido pelo partido.
O PMDB, partidão colcha de retalhos for hire, já fechou com Lula e deve definir Michel Temer como vice na chapa de Dilma.
Há ainda a lenda de que Ciro renunciaria à candidatura para apoiar Dilma, usando sua campanha apenas como manobra temporária para afetar Serra.
Os quatro candidatos relevantes até agora são: José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Ciro Gomes (PSB) e Dilma Roussef (PT). Acho que vai ficar nisso com mais um ou dois candidatos nanicos querendo capitalizar para a próxima eleição de síndico de seus condomínios.

sábado, 17 de outubro de 2009

Chove chuva, chove sem parar


Barrichello é pole, Button e Vettel largam lá atrás, atrás do bolo do meio.
Se amanhã chover, há grandes chances de Barrichello conquistar sua primeira vitória no GP do Brasil com Button e Vettel fazendo zero pontos.


A esperança é última que morre. Quase sempre morre, mas algumas vezes sobrevive.

Imagens roubadas do site de O Globo.

Nossa cor favorita no Circo Voador

Sexta-feira foi o dia da batalha de Vila Isabel. Porém, eu não estava nem aí.
Fui ao Circo Voador ver mais uma vez o show da banda Living Colour.
E que show!

Liderados por... ou melhor, difícil destacar um líder da banda no palco.
A formação clássica se mantém desde o retorno aos palcos em 2000: Vernon Reid (guitarra), Corey Glover (voz), Doug Wimbish (baixo e vocais) e Willian Calhoun na bateria. Todos músicos muito competentes e que não decepcionam ao vivo.
Mais do que isso, surpreenderam com uma desenvoltura de quem tocava na sua própria garagem.



Logo no início tocaram Time's Up e seguiram com algumas músicas do álbum novo.
O Living Colour tomou uma direção previamente anunciada e adicionou muitos elementos eletrônicos à sua música. Sequências, samplers, etc. Tudo isso deixa o som um tanto difícil de digerir em um primeiro momento. A técnica está lá - tocam muito - mas soa experimental demais para uma banda de rock quase clássico.
No final e no bis, fizeram a platéia delirar com vários hits seguidos.
Apesar dos pedidos de Back In Black, cover do AC/DC que eles tocam às vezes - gravaram no álbum de 2000, Callideoscope - não deram esse gostinho de prévia do que será o show do Morumbi, mas de quebra mandaram Crosstown Traffic do Hendrix.
Mandram os clássicos Elvis Is Dead, Love Rears Its Ugly Head e Cult of Personality.
Doug (baixo) estava particularmente inspirado. Interagiu com a platéia o tempo todo, pulou do palco para tocar no meio do povo, apertou mãos, olhou fotografias que alguns fãs mostraram pra ele e no final do show mandou um belo mosh e saiu por trás do público, literalmente nos braços da galera para retornar em seguida ao palco.


Mais rock'n'roll impossível.

Corey (voz), depois do bis, também quis tentar a brincadeira e foi erguido pelo público ao dar um mosh um tanto hesitante. Dessa vez o resultado foi mais preciso: pulou do palco e depois de uma voltinha sobre as mãos do público, foi devolvido.
Willian (bateria) fez um solo com efeitos visuais. Leds que mudavam de cor na ponta da baqueta direita e outro led vermelho na ponta da outra, riscando o ar e formando desenhos coloridos. A luz foi diminuída para que a galera percebesse o efeito.
E por último, mas não menos impressionante, Vernon. Tremendo guitarrista, fez solos rapidíssimos e outros lentos, com feeling. Desfilou uma grande gama de técnicas na guitarra, fez alguns back vocals e apertou alguns botões de efeitos e sequências pré-gravadas de bateria e teclados em que ele colocava a 'cobertura'.


O baixista também apertou seus botõezinhos para gerar efeitos sonoros. O preferido foi um latido de cachorro.
Não gosto de interferências eletrônicas, mas, apesar do tom experimental, o Living Colour consegue utilizar essas papagaiadas sem estragar o mais importante: a música.


Ainda voltei pra casa de ônibus. Tranquilamente. Completamente alheio à guerra que rolava no Morro dos Macacos.

What's your favorite color, baby?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Macintosh - ainda não foi dessa vez

Ontem tomei coragem e fiz uma compra na nova loja online da Apple do Brasil.
Eu já vinha namorando o Mac Mini há algum tempo. Meu amigo Marquinho vem há anos falando do Mac e tentando me convencer a comprar um, minha irmã e meu cunhado já são usuários há muito tempo, mas foram meus ex-colegas da Orga Systems que me convenceram a comprar um. Acho que a palavra e principalemnte a demonstração vinda de desenvolvedores de software foi o que me convenceu definitivamente.
Não que eu tenha qualquer aversão à Apple, muito pelo contrário.
Quando iniciei no "mundo da computação" nos idos de 1984, foi justamente com um clone brasileiro do Aplle II+. Usei por muitos anos, tive vários "Apples" fabricados no Brasil. A velha era do "computador pessoal" deixou saudades mesmo.


No mês passado tentei comprar o tal do Mac Mini, fui em vários lojas que revendem Apple aqui no Rio. O produto estava esgotado.
Não me conformei assim tão fácil.
Comecei a fazer umas contas, pesquisar passagens aéreas e descobri que sairia o mesmo preço do Brasil viajar até os Estados Unidos e comprar lá o meu Macintosh. Olhei calendário, espremi os dias, mas simplesmente não teria tempo de ir até lá.

Aí veio a Apple Store online do Brasil.
Com o site novinho, escrito em português e prometendo envio em 24 horas.
Tasquei o dedo no mouse e comprei o Mac Mini. De quebra pedi também um iPod Nano. Fiz as contas antes, claro. Saiu mais caro do que nos Estados Unidos, mas pude pagar em 12 prestações no cartão de crédito.
Isso foi ontem.

Hoje resolvi verificar o estado do meu pedido, ver se já tinham debitado no cartão, essas verificações de praxe de quem compra qualquer coisa pela internet há muito tempo, desde CDs até geladeira. Minha primeira compra pela internet foi em 1995.

Para minha surpresa me deparei com um estado do pedido muito esquisito. A previsão de entrega do Mac Mini estava marcada para dia 9 de novembro! Isso mesmo, 30 dias de prazo para entregar.
No momento do fechamento do pedido o prazo era de 3 dias úteis para Rio e São Paulo.
Bizarro?

Nem tanto. Apenas um golpe no consumidor brasileiro.
O produto estava esgotado, mas eles não iriam inaugurar a loja online sem o Mac Mini na "prateleira", então resolveram mentir um pouquinho. Vai... que mal tem enganar o otário do consumidor?

Liguei pra lá e mandei cancelar tudo. Inclusive o iPod que já tinha sido enviado.

Foi mais menos como comprar um carro com som, mas a loja entrega somente o som e diz que só vai entregar o carro daqui a um mês. E ainda tem a cara de pau de dizer que eu posso usar o som novo no meu carro velho.
Você instalaria o som no seu carro velho, quando você comprou um carro zero e um som novo? Pois é, eu também não.


O atendente fez algum esforço para evitar o cancelamento. Me deu o iWorks (software) e um bônus de R$58,00 para eu não retornar o iPod Nano. Nada feito.
Comprei uma experiência completa e não pela metade (ou nem isso).
No mês que vem, quando a Apple Brasil tiver o produto em estoque, eu tento de novo.

O mundo continua mau.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A vida até parece uma festa

Esse é o título do documentário sobre a carreira dos Titãs.
Resolvi comentar sobre esse filme (com muito atraso porque só assisti agora), primeiro porque gostei e segundo porque recebi alguns puxões de orelha sobre a minha pesada crítica ao álbum novo da banda. Aviso aos meus censores que se eu não tivesse gostado do documentário seria outra crítica negativa aos Titãs sem dó (nem ré, nem mi) - tô nem aí pra vocês. Abaixo a Ditadura!


Enfim, voltando ao documentário...
Para os primatas que não querem só comida, o filme agrada como resgate da história da banda, com imagens de bastidores, e principalmente como filme mesmo.
Muito bem editado e dirigido. Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves fizeram um excelente trabalho em juntar os vídeos de duas décadas de shows, entrevistas, making-offs, ensaios, apresentações em Bar Mitzvahs, enfim, um grande apanhado de tudo que rolou com a banda.
Também mostra trechos de alguns dos maiores shows dos Titãs nos anos 90 e dá um belo panorama da evolução e percalços da banda.
Há uma passagem em especial que mostra um show deles na Praça da Apoteose. Eu estava nesse show, mais especificamente na roda de pogo que se abre à direita no video.
O filme narra sem sensacionalismo a saída do Arnaldo Antunes da Banda, ilustra com sensibilidade rara a morte do Marcelo Fromer e mostra a saída do Nando Reis. Essa última sem polemizar ou se estender muito.
Mostra também o problema vascular que internou o Branco Mello e um pouco da convivência em família dos membros da banda, inclusive algumas imagens da convivência entre as famílias deles.

O filme é feliz também em mostrar que, mesmo não sendo músicos virtuosos, os Titãs foram formados por oito cabeças pensantes e por músicos criativos e versáteis (alguns deles tocam vários instrumentos).


A parte musical é bem enxuta, concentrada no que o Branco deve ter considerado mais relevante, mas consegue traçar uma linha evolutiva na sonoridade dos Titãs, passando por vídeos dos músicos compondo, discutindo sobre as músicas, escolhendo as faixas do álbum, etc.
As participações em programas de auditório são históricas e engraçadas, de Bolinha a Sílvio Santos, passando pelo Chacrinha.
Os filmes em VHS não foram restaurados e apresentam pouca qualidade, mas nada que incomode.


Uma preciosidade para qualquer apreciador de música, fã ou não dos Titãs.
Visite o site do filme.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Seja o que Zeus quiser


Ingressos esgotados

Os ingressos para o show do AC/DC dia 27 de novembro no Morumbi estão esgotados.
Foram colocados à venda ontem (1 de outubro) 65 mil ingressos e acabaram ontem mesmo - ou assim alegam os (des)organizadores.

O site da Ticketmaster está fora do ar até agora devido ao congestionamento.
Existem ainda uma tênue esperança de que a venda tenha sido suspensa por problemas técnicos e que ainda não tenham vendido todos os lugares.
Provavelmente virão com aquele papo de "esgotou o primeiro lote" e agora o "segundo lote" é mais caro.
A Ticketmaster é campeã nesse tipo de falcatrua. Os ingressos são contados por um sistema informatizado centralizado e são impressos apenas no momento da venda, então essa papo de "lote" é conversa pra boi dormir.

Enfrentei uma fila para comprar no posto de venda da Ticketmaster na Saraiva Megastore do RioSul aqui no Rio.

Alguém poderia imaginar isso? Fila no Rio para comprar ingresso para um show que vai acontecer daqui a 2 meses em São Paulo?!?
Só acontece mesmo com a melhor banda de rock do planeta.


Agora é comprar minha passagem de avião, que provavelmente vai esgotar também.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

For those about to rock


We salute you!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Qual é a música (3)

Uma mais difícil agora. O Bruno vai ser proibido de responder as próximas...

"Bem, eu larguei meu emprego na minha cidade
E rumei para a fumaça
Arrumei uma banda de rock e uma mão direita rápida
Vou chegar ao topo
Nada vai nos parar, não nada
Então, se você tem a grana
Nós temos o som
Você banca e nós mostramos...
...
Tenho furos nos meus sapatos
Tenho furos nos meus dentes
Tenho furos nas minhas meias
Não consigo dormir..."

Dica: É uma história real. Somente os nomes foram alterados para proteger os culpados.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Lugares que mudam de nome

Inspirado por esse artigo, me dei conta que algumas coisas durante a minha vida já mudaram de nome.
Alguns nomes pegam logo, outros demoram.

A Avenida Suburbana, que corta alguns bairros da zona norte do Rio, mudou de nome para Avenida Dom Élder Câmara, homenageando o sacerdote católico para implicar com a Igreja Universal do Reino de Deus que construiu ali seu maior templo. Até hoje a IURD anuncia o endereço do templo como Avenida Suburbana.
Outra que mudou de nome foi a Avenida Alvorada, que liga a Cidade de Deus à Barra da Tijuca. Foi rebatizada de Avenida Ayrton Senna, numa homenagem póstuma ao piloto. Já o Parque Alvorada foi esmagado pelo mastodonte chamado Cidade Da Música, que talvez um dia seja concluída e tenha alguma utilidade para a cidade do Rio.
Anos antes, o autódromo de Jacarepaguá havia sido rebatizado de Autódromo Nelson Piquet, para homenagear o terceiro título do piloto na Fórmula Um.

Algumas coisas nunca foram nem nunca serão chamadas pelos seus nomes. Apenas o apelido é usado pelo povo.
A Linha Amarela chama-se Avenida Governador Carlos Lacerda (ou vice-versa).
O Estádio do Maracanã chama-se Estádio Mário Filho. O Estádio de São Januário chama-se Estádio Vasco da Gama. Engenhão? Estádio Olímpico João Havelange - esse, como é novo, algumas pessoas ainda sabem o nome completo, mas em alguns anos será difícil lembrar que o nome não é Engenhão.

Maraca vazio.


Mesmo a escola onde estudei trocou de nome. Não no meu "turno", mas foi durante a minha passada por lá que o nome CEFET foi consolidado.
CEFET-RJ porque ninguém chama de Celso Suckow da Fonseca mesmo (lê-se "sucóvi"). A homenagem ao antigo professor ficou perdida no tempo.
Era difícil fazer com que as pessoas associassem o CEFET à Escola Técnica Federal - ou Escola Técnica Nacional como era conhecida antes. Se você falasse que estudava no CEFET, achando o máximo isso, todo mundo te olhava com cara de idiota, sem ter a mínima idéia do que você estava falando. Aí o jeito era mencionar a antiga escola técnica. Mais difícil ainda era alguém chamar de "o" CEFET, já que é a sigla para Centro Federal de Educação Tecnológica e não de "a" CEFET, ainda associando o lugar com a antiga Escola Técnica Federal da Guanabara ou, mais antigamente ainda, Escola Técnica Nacional.


O logotipo do CEFET foi criado bem na minha época lá, entre 1987 e 1990. Foi inclusive "aprovado" pelos alunos nessa época.

Outras coisas mudaram de nome e continuarão mudando, muitas vezes para melhor, mas nem sempre.

Qual é a música (2)

Como o Bruno já acertou a primeira música (por SMS), aqui vai mais uma fácil:

"Sem placa de 'pare'
sem limite de velocidade
ninguém vai me retardar
Feito uma roda, vou girar
ninguém vai mexer comigo
Ei Satã, já paguei minha anuidade
tocando numa banda de rock
Ei Gata, olhe pra mim
Estou no meu caminho para a terra prometida..."


Dica: É uma longa escadaria para chegar ao paraíso.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Qual é a música (1)

"Pesados decibéis tocando na minha guitarra
temos vibrações erguendo-se do chão
estamos só ouvindo rock
que está dando muito ruído
será que você é surdo
ou quer ouvir mais um pouco?
estamos só falando do futuro
esqueça o passado
ele estará sempre conosco
nunca vai morrer
nunca vair morrer..."

Dica:
Não é nenhuma charada. Para mim faz todo o sentido.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Honduras e a embaixada brasileira

Alguém acha que o Brasil vai reagir caso tenha sua embaixada invadida e tomada por tropas golpistas de Honduras?
Aqui no Rio temos comunidades inteiras tomadas por forças paramilitares desafiando a soberania nacional todos os dias e governando pessoas brasileiras dentro do território nacional.
Alguém faz alguma coisa??

Cortaram a luz, água e telefone da embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital de Honduras, depois que o Brasil deu asilo político ao presidente deposto por golpe de estado, Manuel Zelaya.

Outro dia o Paraguai pressionou para rever contrato de Itaipú antes do prazo.
Antes disso, Evo Morales tomou a refinaria da Petrobrás na Bolívia, quebrando contrato internacional.

Por muito menos, mas muito menos mesmo, do que isso, os Estados Unidos invadem países.

Aliás, alguns senadores estão criticando a posição do Itamaraty. Estão de porre ou não sabem ler. Até então o Brasil está corretíssimo em abrigar um presidente legítimo, eleito democraticamante e removido do poder por ação armada de um grupo que está, este sim, claramente desrespeitando a constituição de Honduras.

Precisamos fechar logo a compra desses caças para ver se recuperamos um pouco de moral na América Latina.

Oitavo CQC

Valeu Paulão.
Espero vê-lo de novo em breve no palco com as Velhas Virgens.
Vida longa ao Rock'n Roll.
PS: FOI ROUBADO!!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Há algo de podre no Reino da Dinamarca

A Dinamarca (Denmark) é um curioso país nórdico. Quase um apêndice ao norte da Alemanha.


Nos anos 80 eu pensei em migrar para lá quando houve uma breve e discreta sondagem do consulado daquele país no CEFET-RJ, procurando possíveis candidatos a cidadãos dinamarqueses. A idéia era levar jovens em condições de procriar. Outros tempos, antes da União Européia.
A Dinamarca goza de uma imagem positiva no resto do mundo, ao lado de seus países vizinhos e parecidos. Seus primos "vikings" Suécia, Finlândia e Noruega. Países que possuem os maiores níveis de desenvolvimento humano e qualidade de vida do mundo.
No entanto, uma comunidade na Dinamarca, mais especificamente na Ilha Faroe, promove uma ritual bárbaro e sangrento todos os anos.
Uma espécie de rito de passagem para homens ingressarem na vida adulta.
IMPORTANTE: De acordo com uma carta-resposta do consulado da Dinamarca assinada pelo Ministro Jórun Ludvig, as Ilhas Faroe, mesmo fazendo parte do Reino da Dinamarca, possuem governo próprio, parlamento independente, legislação própria e não são parte da União Européia.
Seria o efeito da ploriferação de algas marinhas?


O que essa galera está fazendo na praia com um frio desses?

A comunidade de jovens pescadores da ilha massacra dezenas de golfinhos da raça Calderon, parecidos com o nosso boto cor de rosa amazônico, só que preto e um pouco maior.










Pois é, não são só os japoneses que gostam de um banho de sangue.

Ainda de acordo com a carta do Ministro para Assuntos Estrangeiros da Dinamarca, o abate é feito da maneira mais humana possível, cortando com faca as artérias que irrigam o cérebro dos golfinhos, fazendo com que morram rápido e quase sem dor.
Recebi essas fotos por email e achei que era alguma outra coisa. Duvidei. Com uma rápida pesquisa na web já pude confirmar a atrocidade.
Se fosse no Brasil, a comunidade internacional cairia de pau em cima de nós, mas europeu é civilizado, né?

O mundo continua mau.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Piquet Jr. e a trapaça do Briatore

Antes de começar esse post preciso colocar uma coisa: pra mim é Deus no céu e Piquet no cockpit... hipoteticamente claro. Já que sou ateu e que Nelson Piquet, o tricampeão, já não pilota há quase duas décadas.

Um resumo rápido: no ano passado (2008), no GP de Cingapura, Nelson Piquet Jr. porrou seu Renault de propósito no muro para forçar a entrada do safety car e favorecer seu então companheiro de equipe, o bicampeão Fernando Alonso. A manobra foi planejada por Flavio Briatore, chefe da equipe Renault e executada sob suas ordens pelo segundo piloto da equipe, Piquet Jr.

Bom, até aí tudo bem ?!? Não.

Esse tipo de manobra acontece aos montes no automobilismo mundial. Na Indy Car, neguinho chega a estacionar o carro atravessado na saída do pit lane para forçar a bandeira amarela com safety car na pista.

Na F1 ainda não tínhamos chegado a tanto, pelo menos não assim tão descaradamente.

Já tivemos campeonatos decididos por manobras escusas. Prost batendo em Senna, Senna batendo em Prost, Schumacher batendo em Hill... outras manobras que contribuíram mais modestamente para ganhar um campeonato: Schumacher dando totozinho por trás em Senna, Schumacher reabastecendo sem filtro na mangueira de combustível, Schumacher forçando seu companheiro de equipe a entregar a primeira posição da corrida, Schumacher saindo dos boxes e jogando o carro contra seu companheiro de equipe... chega de Schumacher por enquanto senão esse post vai estourar o limite de caracteres.

O que rolou no GP de Cingapura em 2008 foi tão escandaloso que muitos se recusaram a acreditar.
O próprio Piquet (o tricampeão, pai do piloto envolvido na falcatrua) chegou a informar à FIA, durante o GP do Brasil naquele mesmo ano, que havia ocorrido uma trapaça envolvendo seu filho, piloto da Renault.

Piquet Jr. fez o que dezenas de outros pilotos antes dele fizeram. Seguiu as ordens do chefe e praticou uma ação questionável do ponto de vista esportivo. Não é?
Não é.
Piquet Jr. cruzou a linha entre uma manobra suja e uma vigarice que pôs em risco a integridade física de todos os participantes do GP.
De acordo com seu pai, Piquet Jr. está arrependido de ter executado a manobra escusa de bater o carro no muro de propósito. Já estava arrependido no ano passado, logo depois de executá-la.
Com o apoio do pai, denunciou a manobra e seu mentor, o chefe da equipe Renault, Flavio Briatore, o mesmo que havia retirado os filtros da mangueira de combustível da Benetton para favorecer Michael Schumacher em 1994, além de esconder equipamento de controle de tração proibido. Isso valeu o primeiro título da equipe Benetton e de Michael Schumacher.
Não estou querendo crucificar o Schumacher, apesar dele merecer por ser o piloto mais sujo (e mais rápido) que eu já vi correr, mas apenas ilustrar como o Briatore é desonesto.
O acidente provocado intencionalmente por Piquet Jr. foi arquitetado por Briatore e executado sob a coordenação do engenheiro chefe da equipe Renault, Pat Symonds. Ambos deixaram a equipe que decidiu não contestar a acusação feita por Piquet e Piquet Jr.

A FIA está analisando e julgará o caso em breve.

Profetizo o seguinte veredicto:
1- A Renault será punida com multa, mas não perderá pontos do campeonato de 2008.
2- Fernando Alonso não será punido e manterá os pontos e a vitória no GP de Cingapura 2008.
3- A Renault continuará na F1 no ano que vem com uma nova dupla de pilotos. É possível que tragam o tetracampeão Alan Prost para dirigir a equipe.
4- Piquet Jr. será punido com multa (talvez nem isso), mas conseguirá um carro de uma equipe novata para pilotar em 2010, enquanto aguarda seu pai montar uma equipe de F1, talvez para 2012.
5- Briatore e Symonds serão banidos da F1.

Portanto, não acredito em pizza pois a F1 precisa solidificar sua credibilidade abalada pelos últimos escândalos.
Veja um outro ângulo da história aqui.
No ano que vem tem o Massa de volta na Ferrari, que é o que realmente importa para nós.

Enquanto isso o jeito é torcer pelo Barrichello.
Vencendo ele ou o Button, será o título da superação e estará em boas mãos.
PS: Descobri que o nome do piloto não é Piquet Jr. O pai é Nélson Piquet Souto Maior e ele é Nélson Ângelo Tamsma Piquet Souto Maior. Vou deixar como "licença poética" porque me recuso a chamar um piloto de Fórmula 1 pelo primeiro nome e muito menos com apelido de "inho".

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Haja saco!



Ouvi o novo álbum dos Titãs.
Em primeiro lugar deixem eu explicar minha relação com a música dessa banda.
Quando eles começaram a carreira no início da década de 80, não me agradaram. Eram pop demais para mim. Na época só o rock'n roll me interessava.
Uns dez anos depois comecei a gostar. Percebi a poesia e a inteligência crítica presentes em várias canções, muitas mesmo.
A banda seguiu em frente com algumas baixas importantes. Perdeu seus dois melhores compositores e também um guitarrista de maneira trágica. Hoje são "apenas" um quinteto.
O último álbum ainda com o Nando Reis na banda, A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana de 2001, já deixava claro que Nando estava fazendo uma música e os Titãs outra.
Veio o álbum Como Estão Vocês, bastante fraco se comparado ao restante da discografia da banda. Já mostrava uma falta de idéias.
Eu diria que a banda foi esvaziada de idéias, não só pela saída de componentes ao longo da carreira, mas principalemnte pela falta de foco dos integrantes. É compreensível. As pessoas desenvolvem outros interesses e uma banda de rock não parece mais uma coisa tão atraente aos 50 anos de idade quanto era aos 18.
Para não deixar de existir e prolongar sua sobrevida, a banda gravou um novo álbum: Sacos Plásticos.
Em uma palavra: desnecessário.


Tá... tô sendo muito duro. Vou quebrar o galho, afinal sou fã da banda.
Os Titãs se saem melhor quando puxam para o rock com guitarras mais pesadas no disco. Isso salva umas 2 ou 3 canções.
Fora isso são baladas e uns regaezinhos bobos.

Para não dizer que não falei de flores, a produção gráfica e sonora do disco é impecável.
Entre mortos e feridos salvam-se Amor por dinheiro, um pop-rock com a marca da banda, Antes de você, uma balada razoável, Não Espere Perfeição, pop-rock bem trabalhado e dançante. Problema é outro pop-rock, esse com a participação do Liminha na caneta.

As faixas:
1. Amor por dinheiro
2. Antes de você
3. Sacos plásticos
4. Porque eu sei que é amor
5. A estrada
6. Agoa eu vou sonhar
7. Quanto tempo
8. Deixa eu sangrar
9. Problema
10. Não espere perfeição
11. Quem vai salvar você do mundo
12. Múmias
13. Deixe eu entrar
14. Nem mais uma palavra

As faixas podem ser ouvidas parcialmente no site da banda. As fotos são de lá.

Triste constatar que uma banda que já foi vanguarda da música agora corre atrás para soar como as bandas de rock novas e vazias do Brasil. Pelo menos não viraram uma banda "emo" ainda.

A impressão que fica é que a banda tem que lançar um álbum, não importa se conseguiram juntar canções relevantes para mostrar ao público, que mais uma vez vai escutar uma ou duas faixas, duas ou três vezes nos programas da TV Globo e só.
Muito pouco para os velhos Titãs do Iê Iê Iê.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Finalmente, Barrichello


O fim de semana esportivo foi bem interessante.
O volei feminino ganhou o Grand Prix, o meu Vascão é líder da segundona, com direito a recorde de público no dia do aniversário do clube, e o piloto Rubens Barrichello finalmente venceu com sua Brawn e reassumiu a vice-liderança do mundial de F1.
De todos os resultados, o do Barrichello é o mais significativo. Tá bom... o volei foi campeão, mas era um título esperado, afinal somos o país do voleibol.
Só que um dia já fomos o país da Fórmula 1.

Quando Barrichello começou a correr, tentou assumir o posto de piloto vencedor que, na época, era de Ayrton Senna. Obviamente, e sem demérito nesse ponto, não tinha nem tem o talento de Senna. Pouquíssimos pilotos na história da F1 poderiam ser comparados ao tricampeão Senna. Mas Barrichello teve essa pretensão.
Como não conseguiu ao longo da carreira uma chance real de ser campeão, foi alvo de todo tipo de crítica da torcida brasileira. A maior parte dela merecida.
Depois do acidente que sofreu em 1994, nos treinos da corrida em que morreria Senna, tornou-se um piloto lento. Perdeu a vez. Porém insistiu, e está correndo até hoje.
É o recordista histórico em participações em GPs da F1.
Ontem conseguiu sua décima vitória, a primeira pilotando sua Brawn. As outras nove haviam sido pilotando a Ferrari.

Sempre achei o Barrichello um cara sem personalidade e sem sorte de campeão. Falta algo a ele. Ele fala com uma confiança exagerada, como se quisesse primeiro convencer a si mesmo de que é capaz de vencer, que está tudo bem com ele e com o carro. Já passou por fases de chororô na Ferrari, quando era instruído a dar passagem para Shumacher em algumas corridas, fazendo o claro papel de segundo piloto. No entanto não passava essa informação para o público brasileiro. Sempre buscando ocupar um lugar imaginário de ídolo do automobilismo. Virou chacota.

Ontem ele foi outro Barrichello.
Primeiro vou falar daquilo que não foi ele que fez:
1- A McLaren errou feio. Hamilton entrou nos boxes para reabastecimento e troca de pneus sem que sua equipe estivesse preparada. Perdeu uns 8 segundos nessa confusão. Barrichello o passou como era esperado, mas abriu muita diferença, acabando com as chances do atual campeão na corrida.
2- A Brawn não errou, mudou a estratégia na hora certa antecipando sua segunda troca de pneus em algumas voltas, em parte para evitar a troca com safety car (que acabou não entrando na pista) e principalmente porque já tinha uma vantagem suficiente para voltar na frente do Hamilton. Vantagem construída por Barrichello na pista.

O resto ficou a cargo do piloto. Barrichello fez uma corrida perfeita.

Largou em terceiro, segurou sua posição nas primeiras curvas e seguiu perto das McLarens de Hamilton e Kovalainen. Vinha com mais combustível para parar mais tarde e passou Kovalainen nos boxes, parou depois dele e voltou à frente do segundo piloto da McLaren.
Barrichello andou muito mais que todos. Seu companheiro de equipe, Jenson Button, largou mal fez algumas lambanças leves e depois recuperou um pouco, chegando em sétimo.

Barrichello fez algo que não fazia há muitos anos: correu para vencer. Mostrou que pode ser campeão.

Venceu em Valência com a autoridade de um bom carro, competência de um bom piloto e sorte de campeão.

Ainda falta muito para o campeonato terminar. Massa não deve voltar esse ano (nem Schumacher), mas uma chance de ver um piloto brasileiro disputando um título de F1, mesmo que com poucas chances é algo que eu estou acostumado a ver.

Se Barrichello fizer mais duas corridas como essa, no mínimo vai garantir um cockpit para 2010.

Para não perder a viagem, uma foto de Jenson Button e minha amiga tri-atleta, Nicole.



Até a Bélgica.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Campanha presidencial 2010

Parece que agora a campanha para Presidente da República realmente começou.
Já temos um primeiro candidato de verdade para votar: a senadora Marina Silva deve anunciar em breve, oficialmente, sua candidatura a presidente do Brasil.


Faltam algumas formalidades como ela se filiar ao Partido Verde. Pelo menos já abandonou o PT.

Se o José Serra se confirmar como candidato do PSDB, como parece, ou mesmo se for o Aécio (pouco provável), acredito num segundo turno tucano-verde. Com a Dilma fora, para o bem e felicidade geral da nação.

Não concordo com todas as posições políticas da senadora Marina, mas antes ela do que um da quadrilha que controla o PT.